

A notícia vira merda de papagaio
O foda é que eu, na idade desta pequena polenta ambulante, fazia praticamente tudo o que uma doméstica faz. E apanhava pra caralho. Quando tinha oito anos, houve um lendário episódio aqui em casa: mamãe estava pregando um relógio da Xuxa MenegHELL no quarto, relógio esse que me dá medo - porra, ninguém quer ter uma foto do capeta no quarto, maano! Bom, eu tava precisando de um chá pra cagança, neh, e fui pedir pra véia. Possuída pela Xuxa, mamãe disse que ia me matar e apontou o martelo pra mim... bom, o que quero dizer é que isso nunca aconteceria com meu irmão, o Porquinho Atrapalhado.
Aliás, ela trocou meu post do Black Sabbath por uma porra de um quadro de paisagem, pois o Babe estava com medo do Tony Iommi. Puta que o pariu, velho! Sem contar os ótimos programas de TV que ele gostava; por exemplo, Barney, o demônio roxo, que poderia ser relacionado neste post.
E o principal, uma frustração que sempre terei em minha vida - já compartilhei isto com os alunos esforçados e inteligentes do Clube Getúlio Várzea. O caso do sonho de doce de leite.
Bom, meu pai costumava nos trazer deliciosos sonhos de doce de leite. Pois bem, houve um dia em que ele trouxe três: um para ele, um para deus...ops, meu irmão e um para mim. Mamãe não gosta de sonho.
Nessa época, eu fazia o saudoso técnico em Qúimica no Clube de Campo Getúlio Vargas e passava o dia inteiro estudando. Bom, cheguei à noite e lá tinham dois sonhos. O porco já havia comido a sua parte. Como já tinha comido uma coxinha na escola, pensei em deixar o sonho para o outro dia, pois assim economizaria alguns vintens pra encher a cara no fds.
Cheguei, no dia seguinte, exaurido de forças. Abri a geladeira afoitamente - parecia um morador do Congo em frente a um prato de inhame. O prato estava vazio. Nem pro infame colocar a merda do prato na pia!
É... o sonho acabou.
Logo, fui pedir satisfação ao papai, pois aquilo não era justo. Passava o dia estudando, enquanto o gordinho passava o dia peidando. Depois de reclamar, pápi fez cara de cu,
"Adriano, nem vem reclamar. Ele comeu o meu também"
Esse desenho aí em cima é um exemplo das nossas aulas. Como vocês podem ver, eu e o Adriano somos muito criativos e fizemos esse desenho agora na última sexta-feira, enquanto deveríamos estar estudando para a prova da Flamínia que era logo depois. (Detalhe: Eu só desenhei a grama ;P)
O que nos resta agora é ficar olhando pro teto esperando que o gato preto apareça para acabar de uma vez com dúvidas que ele existe!
E sexta-feira tem outra aula de Infinita e Putamente Torturante!
Imagem de um suposto acreano, capturado em 1959. Mas na verdade, repara na cabeça do filho da puta: é apenas um cearense.
Desde o início do século, foi formulada uma mentira, a fim de enganar toda a população civil da Terra de Santa Cruz. Segundo dados oficiais, o Acre foi comprado do Peru, em 1904, com a promessa de o Brasil fazer uma ferrovia para o Peru, até o atlântico, para que este simpático país pudesse exportar seus produtos para todo o mundo. Porém, há diversos argumentos que dizem o contrário. Não vou fazer isso em forma de ‘TOP’, não to a fim.
Primeiramente, todos sabem que no Peru não há carros, motos, bicicletas, pedalinhos – e muito menos trens! No Peru, toda a hospitaleira população se locomove com o melhor amigo do homem andino, a lhama. Se todos utilizam lhamas, o tráfico de entorpecente é feito pelas lhamas do tráfico (não mulas – HAM, HAM, ENTENDEU O TROCADILHO!?), e os maquinistas estariam muito dodjos pra pilotar o trem, obviamente esta ideia de ferrovia é a coisa mais furada do mundo.
Eu, assim como você, nunca conhecemos um acreano pessoalmente.
Se vier depois nos comentários, ‘ah, eu tenho um amigo acreano!’, não, idiota, ele é de Rondônia e passou por uma lavagem cerebral para enganar os brasileiros idiotas do sul.
Além do mais, você nunca falou com um acreano pelo MSN.
O Acre não pertence a esse planeta, e seu habitante mais famoso é um dos seres mais disformes e folclóricos que já pisaram no solo tupiniquim. Enéas Carneiro era acreano – e eu não estou brincando! Você já viu alguém parecido com Enéas Carneiro? Não, porque Enéas Carneiro não era um ser humano! Aliás, o Dr. Enéas não morreu! Sendo um ET, apenas foi refundar o grande PRONA em outro planeta.
Além do folclórico político, outras personalidades não-humanas, como Walter Mercado, Chupa-Cabra, Dercy Gonçalves e Pedro Celestino são acreanas. São seres que vieram simplesmente pregar as boas-novas desta dimensão alternativa na nossa Terra. Todos eles chegaram e irão de formas estranhas – perdendo barba, morrendo depois de 1799 anos ou destruindo escolas técnicas. O único desenho animado sem final feliz – aliás, sem final, ocorreu no Acre. Caverna do Dragão contava sobre uma montanha russa que por um acaso levou cinco jovens ao Acre.
Como se sabe, a Coca-Cola, a Rede Globo e a Tupperware já chegaram a todos os lugares do mundo, inclusive em Tauá, a capital do futuro Império do Ceará, dominado por mim, quando largar o jornalismo. Mas estas transnacionais boazinhas e preocupadas com o meio-ambiente ainda não chegaram ao Acre. Por raciocínio lógico, o Acre não faz parte do planeta Terra.
Há diversos estudos confiáveis feitos para se descobrir que merda é essa porra do Acre. Alguns especialistas no caso, como eu, acreditam que o Acre é um buraco-negro no meio da Terra, uma transição entre o Brasil e Klingon. Faz fronteira com El Dorado ao norte, Atlândida ao sul, Sodoma e Gomorra ao leste e Terra-Média a Oeste. Nem a menina gênio da televisão brasileira sabe onde é o Acre.
E a prova final:
Escondem o Acre até na previsão do tempo hsuihiuashasiuhas
Crianças, nunca acreditem no que a TV diz, okay?
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A partir daqui o artigo será escrito em uma variante linguística diferente da norma urbana culta. _________________________________________________
Exe caba é eu mermo
Pense num lugar graaaande. Rapar, ali num chove de jeito maneira! Deve chuver no máximo uma vez ao ano, ali na época das água de março. Cuono chove, o povo vai todo pras calçada. As veinha param de fofocar e até dão beijú pras criança. O coroné doa feijão pras famia mais pobre. Ar labigoda ficam tudo filiz, os soinho sai tudo da mata, macho. O céu todo azul, rapá. Peeense num negócio bonito da perte. No domingo depois da chuva, o prefeito faz um forró no meio da rua.
O açude sangra! Todomundovaiterumbardedeáguaprorertodoanomaaaachoveeeei! Eita, fiquei tão feliz que atropelei as palavra.
Em Tauá não tem polícia. A PM do Ceará saiu da delegacia e o Chico Milton, compadre da minha mãe (Sério!!!) ferrumrertaurante pupovo comer buchada. Todos os findiano, os conterrâneo de São Paulo, Rio de Janeiro, Governador Valadares e Bucareste vortam pro Ceará, né, pra passar as féria.
EITA PAU!
Rapá, é bomdimais! Entra dinheiro na cidade, pois os forrozeiros playboys cearenses voltam a fim de dançar forró e beber cachaça, carai! Com seus carros conquistados através de golpes - e com uma modesta aparelhagem de som - eles vêm e ar quenga de Tauá caem em cima, macho - elas podem conseguir uma sandália ou um saco de açúcar de presente se o vucovuco for bem feito. O meu azar é que eu não tinha carro. Mas tudo bem, eu não sou tãão espezinhado - e bastava eu falar a palavra mágica, divagazinho - "Sãão Paaulo"! Aí elas já sabem a origi do caba né. E a gente pega ;D.
E tem o mé, também, maaacho. Rapar, ar fulegare que tem no Ceará iam ser tudo paia sem a cachaça. Fiquei cheio dos pau, mutcho loko, pela primeira vez, lá no Ceará. Eita pau! Ypióca da boa. Eu lembro que o caba que tocou a seresta até ria de mim! Devo ter pegado uma pá de cotovia esse dia, visse!
Outra corra. Tauá fica na divisa com o Piauí, né? Bando de fidiputa. Rão se lascá, seus fidiquenga! Renha ficá frescando no meu blog não. Bando de piauiensa safado. Tudo uns caxaprega, vão pa baxa da égua, carai! Venha botar boneco aqui não, porra!
"Leve um casaco"
Frase dita para um piauiense que vai ao Ceará
Só pra terminá, que tá chegano a hora do armoço e depois eu vou sestar... um dia, os cearenses vão tudo dominá esse mundão de Deus, com a ajuda do Padim Ciço. Nós semos tudo mais desenvolvido que esse povo todo aí, macho. Ou rocê acha que aquele cabeção é à toa, macho?
Simbora pro Ceará, rapar. Se avexe e num fique frescano aí não!
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Aqui acaba a variante linguística que difere à Norma Urbana Culta.
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Qualquer dúvida, pergunta que eu tento traduzir. ;D
Ah Jé, que bom que vc fica feliz com os posts! Beijos.
Eu achei uma entrevista deeeeele!
Sim, ele existe! hahahaha